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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Homilia de Rev. padre Tarcisio

º Domingo do Advento 
Início do Novo Ano Eclesiástico (Ano Litúrgico) 
Ciclo do Natal 
  
                                                                                              Rm 13, 11-14 
                                                                                              Sl 24, 3-4 
                                                                                              Lc  21, 25-33 
  
  
   
Domingo, 27 de Novembro de 2011. 
  
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve! 
  
Meus amados! Hoje temos a graça de iniciarmos o Novo Ano Eclesiástico, conhecido como Ano Litúrgico da Santa Igreja. Este se inicia com o Santo Advento,quando rezamos e nos preparamos para a primeira vinda do Senhor. Advento, palavra grega que significa retorno, vinda, espera... O Advento nos ajuda a preparar os nossos corações, pela penitência, sacrifício e pela oração, para a vinda do Senhor. Obviamente que Jesus já nasceu, em Belém, portanto, Sua primeira vinda já aconteceu, com a Encarnação do Verbo de Deus, no Seu Santo Natal (nascimento). Mas, sabiamente a Igreja celebra, na Sua Santa Liturgia, o Seu Natal, realizando a promessa da Sua segunda vinda, vinda espiritual em cada coração, que se prepara neste tempo propício, para receber o Rei dos reis e oSenhor dos senhores, onde Ele deseja repousar e fazer morada, como fez na Manjedoura, em Belém. Ao proclamarmos esse Mistério, nos preparamos para a Sua terceira vinda, na “parusia” (Seu retorno definitivo), quando Ele virá com todos os anjos e santos, na Sua glória, para julgar todos os povos e Nações, e instaurar definitivamente o Seu Reino de paz. Ele destruirá com o sopro da Sua boca e o poder da Sua vinda, cf. (1 Tess 2, 4), o poder de Satanás (o pecado), sepultando o pecado e a morte para todo o sempre. Portanto, a Santa Igreja celebra as três vindas, como cumprimento da promessa do Senhor. 
  
Meus filhos, nós vivemos tempos difíceis, dolorosos – e virão dias piores – no entanto não devemos desanimar, mas como nos fala o Santo Evangelho de hoje, devemos ter confiança e esperança no Senhor. “Quando começarem, pois, a cumprir-se estas coisas, olhai e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa redenção” (Lc 21, 28 ). Levantar nossas cabeças significa estarmos preparados, com os corações purificados para o encontro com o Senhor.Pois Ele nos dá a graça de revermos nossas vidas, examinarmos nossas consciências e voltarmos para Deus, arrependidos dos nossos numerosos pecados. Para isso a Santa Igreja nos oferece esse tempo de graça – o Santo Advento – uma vez que ele nos prepara para Santo Natal do Senhor. Levantarmos nossas cabeças significa que somos fracos, miseráveis, necessitados da graça de Deus... Como nos diz São João, no Santo Evangelho: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Por isso nos preparamos, para nos Consagrarmos ao Coração Imaculado de Maria, Mãe de Deus e nossa, especialmente hoje, quando celebramos – no 1ºDomingo do Advento – a festa de Nossa Senhora das Graças. O Molde perfeito – como nos diz Santo Agostinho – que forma Deus, em nossos corações, segundoas virtudes do Seu Imaculado Coração, de modo especial a Virtude da Santa Humildade. Foi Ela que trouxe, com o Seu “sim”, a Redenção ao gênero humano, quando o Verbo Eterno de Deus deixou o Seu Trono, a Sua Santa Morada, para assumir nossa fraqueza e habitar no meio de nós, para nos redimir e nos salvar. 
  
Meus amados, ao reconhecermos nossa indigência e nos humilharmos diante do Senhor – como fez a humilde escrava – nos dispomos a quebrar o orgulho, a crosta que envolve os nossos corações, o grande muro que nos afasta de Deus e da ação da Sua graça em nós. Pois o satânico lema maçônicoeu posso, eu quero, eu faço, ressoa em muitos corações. O orgulho de satanás, mestre do inferno. Quando, na verdade devemos sempre dizer: Senhor, eu não quero mais querer, mas que o meu querer seja o Vosso querer em mim... Isso se chama abandono. Sim, meus amados, o inimigo das almas, o príncipe das trevas, orgulhoso e pai da mentira, com os seus encantos, deseja nos despojar dos Dons Sobrenaturais, que nos oferece a Santa Igreja, por meio dos Santos Sacramentos. De modo particular o Seu Santíssimo Corpo e Seu Preciossissimo Sangue, como, também, o tribunal da justiça e da Misericórdia - a Santa Confissão. “Deixemo-nos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz” (Rm 13, 12b). A obra das trevas é o pecado que nos afasta de Deus e do Paraíso que Ele nos prometeu. As obras das trevas é o orgulho, a soberba, a vaidade, a auto-suficiência..., todos os vícios que nos cega, e nos impedem de ver a Deus, e respondermos ao Seu chamado, nos convertendo totalmente para Ele. O mundo jaz sobre o jugo do pecado, de modo particular o pecado de impureza, que assola os corações, e arrasta para a lama as nossas crianças, adolescentes e jovens. Apontando um ilusório caminho, com a promessa de falsa felicidade, quando, na verdade, é apenas uma euforia passageira, própria da natureza corrompida pelo pecado de Adão - a concupiscência. Marca e ferida dolorosa, que somente o amor de Deus pode curar. Por isso o Senhor nos convida a irmos ao Seu encontro e repousarmos nossos corações no Seu Coração, pois lá é o lugar da graça. Lá é o lugar onde poderemos restabelecer nossas forças (com o Maná do Céu), para enfrentarmos as grandes provas que nos esperam. Sim, Ele nos chama a conversão sincera do coração. Não tenhamos medo, e corramos para os Seus Braços Misericordiosos. 
  
Meus amados é preciso que estejamos vigilantes, em oração e corramos, para subir com “alegria”, ao Altar do Senhor. Lá, uniremos nossas fraquezas, pecados, esperanças, ao Santo Sacrifício de Cristo. Então, os frutos da Santa Missa nos sustentarão nessa longa travessia, e nos ajudarão a seguir Seus caminhos! Que Ele Se compadeça de nós, e nos Alimente com o Maná do Céu, o Remédio da Imortalidade. Que Ele nos ajude a abraçarmos, quotidianamente, seus Santos Mandamentos, tão ridicularizados nos dias de hoje, por esse mundo apóstata e idólatra, indiferente aos apelos do céu. Abracemos Sua Santa Verdade, proclamada em Seu Santo Evangelho, confiada ao Magistério da Santa Igreja e a Sagrada Tradição. Em um mundo onde a verdade é relativizada, precisamos pedir constantemente a graça de Deus, por meio do Santo Rosário da nossa Santíssima Mãe, que nos mantenha fiéis, no meio desse mar de pecado, de rebelião contra Deus e a Sua Verdade. Neste tempo que nos preparamos para o Seu Santo Natal, tantos cultuam o ídolo do inferno, chamado papai-noel (inclusive Cristão Católicos). Um velho barbudo que deseja tomar o lugar de Jesus, no coração das nossas crianças, com o engodo de oferecer-lhes presentes. Quando sabemos que estes (os presentes) são dados pelos seus pais, com o suor dos seus rostos, pela graça que vem de Deus. Quantos deseducam seus filhos, nossos pequenos inocentes, ensinando mentiras, e os privando da graça que Jesus Menino deseja oferecer-lhes, neste Santo Natal. Não nos iludamos, pois satanás é astuto e deseja com suas lisonjas nos arrastar para o inferno. Meus amados é preciso que façamos nossas escolhas... Abracemos nossa fé, com fidelidade, nossa vocação de cristãos Católicos, sem murmurações, ou reclamações, pois o Senhor está ao nosso lado para nos dar força. Sim, é Ele quem nos Alimenta com os Seus Santíssimos Corpo e Sangue, Alma e Divindade, Ele mesmo oferecido a nós, no Altar do Sacrifício. 
  
Portanto, assim como acontece na Páscoa, quando a Quaresma precede e prepara nossos corações para vivermos os Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor; assim, também, o Tempo do Advento quer preparar e purificar as nossas almas, para o encontro com o Senhor, no Seu Santo Natal! Que aos Pés da Virgem Santíssima – Nossa Senhora das Graças, que hoje, 27 de Novembro celebramos – sejam oferecidos, formados e educados os nossos corações. E assim como em Belém, na Manjedoura, nós possamos acolher o Seu Filho Jesus que virá. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve! 
  
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor... 
  
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso, 
  
Pai, Filho  e Espírito Santo. Amém! 
 Padre Tarciso Alves Maia Júnior 
  
  
  
2º Domingo do Advento 
Início do Novo Ano Eclesiástico 
“Ciclo do Natal” 
  

  
  
                                                                                              Rm 15, 4-13 
                                                                                              Sl 49, 2-3.5 
                                                                                              Mt 11, 2-10 
  
  
  
Domingo, 04 de Dezembro de 2011. 
  
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve! 
  
            Meus amados! Neste 2º Domingo do Advento aguardamos ansiosos a chegada do Menino Deus, no Seu Santo Natal. Portanto, continua para nós o apelo do céu, iniciado no Primeiro Domingo do Advento, para que vivamos, quotidianamente, a conversão dos nossos corações para Deus. A “Jerusalém das nossas almas” prepara-se para acolher o Verbo Eterno de Deus, no Seu Natal.  Aproxima-se a noite em que os Anjos, em couro entoarão: “Glória in ecelsis Deo...”. E toda a Igreja rejubilará, pois um Menino nos foi dado. O júbilo já extasia nossas almas, mas, ainda, vivermos a espera vigilante, em oração, pois é preciso dispor nossos corações, para que Deus, neles seja glorificado, apesar da nossa fraqueza. “O Deus da paciência e da consolação vos conceda uns para com os outros os mesmos sentimentos, segundo Jesus Cristo” (Rm 15, 5). 
  
            Sim, nos rejubilamos, pois, enquanto nos preparamos para o Nascimento de Jesus, somos assistidos pela graça do céu e restabelecidos pelo leite espiritual, que emana do seio da Santa Mãe Igreja. Meus amados filhos! Não estamos sozinhos, enquanto peregrinamos até o Presépio de Belém. Nesta peregrinação devemos fazer um exercício da vontade, através da ascese espiritual (subida), tão carente nos dias de hoje. Pois vivemos no mundo do barulho, do “fone de ouvido” e de tantos outros meios eletrônicos, que impedem de ouvirmos a voz do Senhor. Somos convidados a nos abandonarmos nos Seus braços, a desapegarmos dos bens temporais, que tanto nos seduz e nos atrai, pois é um dos ídolos mais adorado nos dias de hoje. Eis a inclinação da nossa natureza: satisfazer todos os apetites da carne. Mas, está diante de nós o favor divino, o vigor e a força do Céu, que derrama, como chuva, a graça em nossas almas, para que tenhamos forças de vencer o mundo, a carne e o maligno. Não tenhamos medo – mesmo em tempo tão difíceis – de abraçarmos, com alegria, nossa vocação cristã, de verdadeiros Católicos, que Amam e Adoram a Santíssima Eucaristia, que amam a Virgem Maria, que amam a Santa igreja e todas as verdades de fé que Ela nos ensina. Católicos que desejam subir a escada da santidade, confiantes no auxílio do céu! São João Batista veio preparar o caminho para a vinda do Senhor, por isso pergunta Jesus, no Seu Santo Evangelho: “Que fostes vós ver no deserto?... Mas, o que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e ainda mais do que um profeta. Porque este é aquele de quem está escrito: Eis que eu envio o meu anjo adiante de ti, o qual preparará o teu caminho diante de ti” (Mt 11, 8ª. 9-10). O caminho que leva ao céu passa pelo deserto, e é preciso passar por ele, meus amados..., pelo deserto dos nossos corações, purificados de todos os pecados, para receber o Rei dos reis que virá. 
  
            Meus amados! O leite espiritual ao qual me refiro é o Alimento celeste, o Maná do céu, confiado a Santa Igreja e ao seu Magistério. Pois Ela nos ensina a seguir as pegadas do Divino Mestre e Senhor. Alimento que supre nossa indigência, que nos restitui a graça santificante, aquela que o pecado nos roubou. Por ventura não embelezam nossas almas as águas regeneradoras do Santo Batismo, purificando a lepra do pecado que há em nós? Não nos restitui a vida Divina e nos cura com o remédio salutar o Corpo e o Sangue do Menino Deus, imolado no Altar? Os nossos olhos podem ver a salvação que vem do nosso Deus! Daquele que nasce na Manjedoura, e morre no Patíbulo da “”, é oferecida a Redenção a todo o gênero humano; a todos que acolhe, em seu coração, esse Mistério. Os profetas – como São João Batista – anunciaram essa alegria, e nós, hoje, temos a graça de celebrarmos, na liturgia, o desejo de abraçarmos o Dom do céu, aqui e na Eternidade. “Ide e contai a João o que ouvistes e vistes. Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados. E bem-aventurado aquele que não encontrar em mim motivo de escândalo” (Mt 11, 4-6 ). 
  
            Vivemos tempos difíceis, e a Santa Igreja sofre seu último combate pelas almas. As forças ocultas e malignas tentam suprimir o que de mais precioso Deus nos concedeu, por meio da Santa Igreja – o Dom da fé. O mundo rebelde rejeita a verdade, e tantos corações trilham o caminho das fábulas, afastando-se de Deus e do Seu amor. Hoje vivemos uma batalha espiritual, onde o alvo são as almas criadas à imagem e semelhança do Altíssimo. É preciso recolher nossos corações, diante de Jesus, dobrar nossos joelhos na Sua presença, e O adorarmos. É preciso pedir o dom do discernimento, para não nos deixarmos seduzir pelas insídias de satanás, que espalha seu veneno mortífero, do ocultismo em todo tipo de seitas satânicas, que desejam arrastar as almas para o seu reino de trevas. E as maiores vítimas, as mais vulneráveis são as nossas crianças e os nossos jovens. Amados, não podemos fechar os nossos olhos e fingirmos que está tudo muito bem, porque na verdade não está! Pois a angústia, o desespero, a depressão, todo tipo de violência, e tantos outros males morais e espirituais assolam a vida e o coração das famílias, que jaz sobre o túmulo da indiferença. Por isso que a cada dia estamos mais fracos, e mais vulneráveis a ação do maligno. Pois não rezamos mais, não nos reunimos mais em volta da Imagem da nossa Mãezinha, para invocarmos Seu auxílio e a Sua graça, com o Santo Terço, com o Santo Rosário. Meus filhos, o Santo Advento nos convida a oração, a nos prepararmos... 
  
Vigiemos, pois, e intensifiquemos nossas preces. Pois neste mundo materialista e consumista, o Natal – que é uma Festa Santa – tornou-se, para muitos, um meio de comércio, de bebedeiras, de orgias, de festanças mundanas, e outras mais... Onde está, então, o espírito do Natal, a celebração do nascimento do Deus Menino? Profanamos a Festa Santa e colocamos no lugar de Jesus - o Santo – o ídolo ridículo, chamado papai-noel. Como nos diz São João: “... o machado já está posto a raiz das árvores”. Intensifiquemos nossas orações, silenciemos nossos corações, na contemplação das Sagradas Letras e dos Santos Mistérios.  Pois, no recolhimento de nossas almas virá o Menino Deus, e nela fará Sua morada. Que a graça do Coração da nossa Mãe prepare os nossos corações, para o abraço do Seu Filho amado, voltando nossos corações, convertidos, para recebermos este presente do céu. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve! 
  
  
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor... 
  
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso, 
  
Pai, Filho  e Espírito Santo. Amém! 
 Padre Tarciso Alves Maia Júnior 
  
  
 Ação de Graças depois do Santo Sacrifício: 
  
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém! (3 vezes). 
  
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida doçura, esperança nossa, salve. A vós bradamos degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo, chorando, nesse vale de lágrimas. Eia pôs, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois desse desterro, mostrai-nos Jesus. Bendito é o fruto do Vosso Ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria. 
  
S. Rogai por nós Santa Mãe De Deus. 
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém. 
  
São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio. Ordena-lhe Deus, instantemente vos pedimos, vós, príncipe da Milícia Celeste, pela Virtude Divina precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Assim seja. 
  
S. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3 vezes) 
R. Tende piedade de nós! 
  
Alma de Cristo – santificai-me. 
Corpo de Cristo – salvai-me. 
Sangue de Cristo – inebriai-me. 
Água do lado de Cristo – lavai-me. 
Paixão de Cristo – confortai-me. 
Ó Bom Jesus – ouvi-me. 
Dentro de vossas chagas – escondei-me. 
Não permitais – que eu me separe de Vós. 
Do espírito maligno – defendei-me. 
Na hora da morte – chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que com os Vossos anjos, Vos louve pelos séculos dos séculos. Amem! 
  
  

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FÁTIMA IGNORADA: PAPA ABATIDO: APOSTASIA E TRIBULAÇÃO

Visão do Terceiro Segredo de Fátima
Não se diga que à profecia evangélica faltam avisos para que seja entendida no nosso tempo.
Deus sempre previne os seus fiéis por meio dos profetas (Amós 3, 7).
Mas como se sabe, os profetas foram desprezados em tempos de fé, imaginem hoje que esta míngua!
Hoje, até em ambientes católicos se ofuscam os mais luminosos sinais e milagres que desvelam desígnios divinos, como se fossem só «revelações privadas»!
Mesmo quando para as sinistras crises modernas a profecia divina é confiada e trazida com grandes sinais pela mesma Mãe de Deus!
É o caso da aparição de Fátima, ocorrida na sequência de outras grandes aparições para avisar os fiéis de grandes males pendentes que podiam ser evitados se os homens voltassem para Deus,
A datação de avisos proféticos, dados nas aparições reconhecidas pela Igreja, complementam a Revelação única e encerrada com a morte do último Apóstolo; não são de fé, são para a defesa da fé.
Daí que dependem das virtudes da Esperança e da Caridade.
Estas virtudes, porém, hoje mínguam como a mesma Fé, deixando suspensas questões de primária grandeza espiritual e ligadas aos maiores eventos religiosos de nossos tempos, como seja o da Mediação universal de todas as graças confiada à Nossa Senhora.
Não foi esta que se manifestou na providencial seqüência das aparições culminantes em Fátima?
E não será devido a esta falta de aceitação eclesiástica que a realização de sua Promessa continua suspensa, assim como a da prevista 7ª Aparição?
Não estará tudo isto ligado e à espera que se compreenda a atualidade da terceira parte da Mensagem de Fátima, o enigmático 3º Segredo?
Devemos lembrar o Aviso de Fátima nos seus termos proféticos, seguidos e portanto, certificados pelos fatos históricos do século.
Como só Deus conhece o futuro, trata-se, pois, de Profecia divina. Qual pode então ser o efeito dela ter sido ignorada na Igreja?
A consciência católica é formada para reconhecer as conseqüências de erros e pecados e por isto, também os que causaram tais efeitos.
Isto está na visão do Terceiro Segredo de Fátima, da cidade meia arruinada, que é a Cristandade, e o simbólico massacre papal com todo o seu séquito, publicado no ano 2000.
Terceiro Segredo de Fátima
Este deve ser entendido na sua relação com o Papa perseguido.
Tudo indica serem erros relacionados ao Papado do qual partiu, como vimos, o pedido de ajuda respondido por Maria Santíssima.
Mas a sua resposta foi desatendida e cada vez mais confundida, até chegar ao grave caos presente numa Cristandade em ruínas.
Ainda hoje diversos devotos de Fátima têm por mutilada a terceira parte do Segredo à qual faltaria a explicação de Maria Virgem. E isto diante da horrível crise na Igreja, ocupada por simulacros papais que só poderiam ter sido elevados à Sé de Pedro, com a «eliminação» do Papa católico junto com o seu inteiro séquito fiel.
Põe-se o dilema: trata-se de uma visão simbólica dada em 1917, mas pode-se negar que reflita o «abatimento» do Papado na Sé católica, como ficou mais claro em 1960 sob a direção modernista e maçônica de João 23?
Sua censura de Fátima não confirmava esta ocupação?
Diante de tal tragédia histórica, pode ser sensato que se exclame: mas é só este o grande Segredo que o mundo esperava! Como é que nessa visão faltam palavras de explicação de Nossa Senhora???
Estaremos exagerando ao pensar que tal dúvida, alheia à demolição presente na Igreja, aparece na sequência da desatenção por parte da Igreja militante da Profecia de Maria, que foi iniciada com Bento XV?
Resta impossível, porém, fugir à relação do «papado abatido» com a confusão sobre Fátima, que continua sob os falsos cristos no Vaticano.
Aos papas, de Bento XV a Pio XII, seguiu a pena – como ao rei da França – de uma virtual «decapitação» do Papado. Assim como, à confusa visão do Papa, após a morte de Pio XII, segue até hoje uma «acefalia» inaudita, mas velada por simulacros papais, que são reconhecíveis porque não defendem, mas atacam a Fé.
Eis o que parece mais claro do Segredo em 1960, após a eleição maçônica de João 23 em 1958, iniciador da série de precursores do Anticristo no Vaticano.
Como o papa é o Vigário de Cristo, que representa a Autoridade infalível de Deus em Terra, tratar-se-ia da hora da máxima desolação terrena, do mais tenebroso e secreto castigo para um mundo espiritualmente cego.
Seria tal lacerante flagelo parte essencial da Mensagem de Fátima? Vejamos isto na sua Profecia.
O Terceiro Castigo à luz da Profecia de Fátima
Pela Mensagem de Fátima conhecemos os desígnios divinos dados para despertar os cristãos como uma “pedra de tropeço”, um “sinal de contradição” que, tácita, mas diretamente, cabe aos fiéis reconhecer. Isto para convocar todos à defesa da Fé durante aperseguição à Igreja e ao Santo Padre, que seria o maior flagelo para o mundo.
É o aviso na mensagem de 13 de julho de 1917, quando fomos lembrados de que “Deus castiga o mundo pelos seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre”.
Isto poderia ser evitado e a paz obtida para o mundo «se», através da consagração pedida, a Rússia fosse convertida de seus erros; «se» não, a punição viria pela difusão destes erros no mundo, como aconteceu e era parte do grande flagelo permitido por Deus.
Note-se que as perseguições à Igreja e ao Santo Padre são meios para punir o mundo de seus crimes e isto é dito em especial aos filhos da Igreja que vivem no mundo e têm parte na ofensa a Deus, que é a causa de todos esses males.
Deste modo haveria três classes de punições: uma para o mundo com a guerra, outra dobrada para os católicos, com a guerra e a perseguição da Igreja, e outra máxima para o Santo Padre, com a guerra, a perseguição e a «decapitação» do Papado.
Na verdade, este castigo é um só pela perseguição à Fé.
Se Deus permitir que a Fé perseguida decline na Igreja e o papa tenha muito que sofrer na sua fé, isto será para o mundo um castigo pior que guerras, fomes e revoluções juntas; será o avanço do ódio e do engano sobre o amor e a verdade. É o que o mundo hoje está vivendo e só estamos no início.
Consideremos a veracidade dos avisos da mensagem.
Pois bem, depois da última aparição — de 13 de outubro de 1917 — foi questão de dias a Rússia cair sob o poder da revolução bolchevista que trouxe como uma avalancha a morte e o ódio das perseguições que culminam na guerra a Deus e à Igreja; erros espantosos dos quais a Rússia tornava-se ao mesmo tempo vítima e instrumento mundial, como avisava a Mensagem.
Quanto à grande guerra, que desde 1914 ensangüentava a Europa e que parecia dever durar ainda muito, terminou um ano depois da Aparição, deixando, porém instalado o flagelo soviético.
E como o mundo continuou a ofender a Deus, e a mensagem ficou desatendida, no fim do pontificado de Pio XI estava armada outra guerra ainda pior!
Foi o segundo grande castigo.
Então, na noite de 25 para 26 de janeiro de 1938 uma aurora boreal de dimensão inverossímil inflamou os céus da Europa e mesmo da África do Norte, em cujas latitudes é raríssimo esse fenômeno.
Os jornais registraram a notícia, mas com a mensagem desprezada, quantos poderiam reconhecer nessa luz desconhecida o aviso premonitório da segunda grande guerra que devastou a Europa e também o Extremo Oriente de1939 a1945?
Assim, o segundo enorme castigo mundial não foi evitado e o terceiro estava suspenso… «se» no mundo continuasse a alastrar-se a ofensa a Deus, com a Profecia desatendida.
Seguiu-se uma ilusória paz em que o mundo, dividido pelos falsos acordos de Yalta, polarizou-se em dois grandes blocos, Ocidental e Soviético (OTAN e Pacto de Varsóvia), entre os quais a guerra fria passou a ser uma realidade no campo político, diplomático e estratégico, enquanto a guerra cruenta ficava localizada nas zonas do expansionismo soviético, reforçado para impor seus erros e o ateísmo com a criação de satélites que multiplicariam revoluções e perseguições.
E depois? O que acontecia «se» no mundo continuasse a alastrar-se e cada vez mais a ofensa a Deus, com a Profecia desatendida na Igreja, sua depositária?
Ali não se podia ignorar que tendo sido o aumento dos pecados do mundo a causa do primeiro grande castigo, da terrível guerra de 14-18, e que, continuando a maré de pecados sobreveio o segundo imenso castigo ainda pior da guerra de 39-45, como estava na Mensagem de Fátima, esta devia ser urgentemente ouvida.
De fato – na mesma sequência de causas – se depois dos dois tremendos castigos para o mundo por causa do aumento do pecado e a surdez na Igreja à voz da Profecia de Fátima, pendia sobre os homens o terceiro castigo, ainda mais calamitoso, se possível, que as duas grandes guerras, concluídas com pavorosos bombardeios atômicos; uma amostra do terceiro castigo, que se supunha predito na terceira parte do Segredo de Fátima?
Papa eliminado
O católico sabe que há algo muito pior do que isto, como seja a demolição católica nos termos preditosem La Salette: «Roma perderá a Fé e tornar-se-á a Sé do Anticristo».
Eis a tribulação máxima para as almas!
Ora, o clérigo eleito papa em 1958, Ângelo Roncalli, João 23, mandou arquivar o Terceiro Segredo não só porque desconsiderava este perigo, mas para inaugurar o concílio «pastoral» Vaticano 2 anti-ecumênico porque dispensava o Espírito Santo e abria a Igreja ao progressismo dum mundo alheio às «profecias de desgraças»!
1958 Roncalli vai ao Conclave
Eis o «Segredo» que ficou mais claro em 1960!
Sim, mas para bem poucos, porque o mundo católico se recusava a crer na calamidade mais óbvia para a demolição da Fé; o falso cristo no Vaticano.
Todavia, não faltavam explicações sobre o que não deveria ser o verdadeiro «terceiro castigo».
Uma foi dada pelo Bispo de Leiria-Fátima, Alberto Cosme do Amaral, que no dia 10 de setem­bro de 1984, declarou na aula magna da Universidade técnica de Viena, durante um debate: “O Segredo de Fátima, não fala nem de bombas atômicas, nem ogivas nucleares, nem de mísseis SS-20. O seu conteúdo  concerne a Fé. Identificar o Segredo com anúncios de catastróficos holocau­stos nucleares significa deformar o sentido da Mensagem. A perda da fé de um continente é pior que a a­niquilação de uma nação; e é verdade que a fé diminui conti­nuamente na Europa”.
O castigo espiritual é de longe o maior, pior que a fome, mais terrível que guerras e perseguições porque concerne a salvação ou perda da vida eterna pelas almas.
Sim, mas o poder da Igreja foi instituído para evitá-lo. O que era feito desse poder? Em que mãos tinha ido parar?
O que adiantava para um bispo assinalar o perigo, mas sem a aplicação das defesas da Igreja no momento em que este era vivido?
Note-se que o anterior Bispo de Fátima, Dom Venâncio, em 1959, na véspera em que o Terceiro Segredo devia ser revelado, dirigiu-se aos bispos do mundo para uma vigília de oração e penitência.
Esta santa iniciativa foi, porém, neutralizada por João 23, que em 1960 censurou o Segredo de Nossa Senhora e ordenou a difusão de uma mensagem anônima do Vaticano insinuando que este Segredo de pastorzinhos não merecia credibilidade.
Mas tal sortida escandalosa ainda não serviu para acordar os fiéis e ainda hoje é esquecida enquanto João 23, chamado o «papa bom», foi nada menos que beatificado pelos seus sucessores para gaudio dos manipuladores do evento de Fátima.
A este ponto, o que é clamoroso assinalar deste extremo castigo espiritual é o seu duplo aspecto.
Ele concerne não somente o mundo clerical, onde foi acalentada a grande traição da Fé e dos sinais divinos, mas o mundo católico em geral que – mais ou menos – continua a conviver com tal traição.
- Mais, dos que aceitaram toda a mutação espiritual que vem da nova doutrina do Vaticano 2 até as beatificações dos diretos e indiretos arautos da religião do homem e da abominação de Assis.
- Menos, dos que repudiam isto parcialmente.
Destes, o caso mais clamoroso é o da FSSPX, seguido de outros que reconhecem autoridade divina nos «papas conciliares»; logo, poder legal na mesma Igreja para a sua mutação!
Esta é execrável, não seus autores! Posição lorpa que desqualifica esse testemunho seja mental, que espiritualmente.
Pretende-se estar com Jesus Cristo e ao mesmo tempo com os que O traem; ao lado dos Sagrados Corações, e ao mesmo tempo com falsos cristos e falsos profetas que invertem os Seus desígnios.
Eis que podemos dizer que esta ambigüidade quanto à autoridade legítima na Igreja, que não pode estar nas mãos de anticristos, faz parte do grande castigo que, enquanto for ignorado, não pode ser evitado nem superado.
Despertemos, cristãos, invoquemos os Sacratíssimos Corações com amor e confiança. Nesse amor nos voltarão as luzes, e nessas luzes o conhecimento de nosso estado lamentável.
Basta de enganos. As perseguições já invadiram a Igreja e a civilização cristã já está sendo despedaçada.
Aos fiéis compete, hoje mais do que nunca, professar alto e claro a fé íntegra e pura. Em Fátima foi dado um auxílio inestimável para isto. Os filhos de Quem é sabedoria e vitória não podem deixar de acusar a falsa autoridade que impõe erros e enganos.
Na ordem da caridade, devemos todos reparar pela avalancha de ofensas a Deus e pelos que não crêem, não amam, não esperam e adoram só as próprias idéias, sofismas e comodidades.
Desde que foi dado aos homens o sinal celeste de Fátima, a responsabilidade dos fiéis aumentou.
A mensagem foi dada ao mundo, e o mundo não a conheceu.
Foi dada à Igreja, mas os seus não a acolheram, aumentando o débito e diminuindo os recursos.
Um cataclismo desolador pende sobre a arrogância humana.
A oferta de paz da Mãe de Deus foi esquecida, enquanto a mentira conciliar aliena a lei divina e a honra da Igreja.
Foi assim que sobreveio o terceiro castigo e para os católicos não restou ninguém a quem apelar nesta Terra.
Reconheçamos ao menos o silêncio divino diante de nossa decadência, irreparável sem a graça, e multipliquemos nossas orações impetrantes e nossas penitências reparadoras.
Este é o testemunho indispensável que cada um pode dar seguindo as devoções de Fátima a fim de que a mensagem de Maria Santíssima seja conhecida por inteiro e assim divulgada, honrada, cumprida e amada. Nisto está a vontade de Deus, que quer ver reconhecido o triunfo do Imaculado coração de Maria.
Neste testemunho fiel de Fátima estaremos participando do triunfo da Mãe que tudo restaurará no amor e na paz de Cristo Rei.
Nossa Senhora de Fátima, Imaculado Coração de Maria
Imaculado Coração de Maria, sede a nossa Salvação!